Pessoas,
Uau, deixei o blog meio abandonado, né. Desde 9 de julho sem um postzinho sequer!
Mas eu li uma coisa há algumas semanas sobre a qual tinha de me pronunciar, então vim aqui dar meu grito de indignação.
A revista Veja, no número 2074, teve a reportagem de capa intitulada "O inssino no brasiu è otimo". Estava na biblioteca da faculdade quando vi a dita revista em cima de uma das mesas (o que me faz pensar que eu tenho de perguntar quem é o responsável pelo monopólio da presença de revistas Veja na tal mesinha com as publicações; e me lembra que não é de espantar o reacionarismo míope de grande parte dos alunos daquela faculdade), e o título me fez ter vontade de abrir pra saber, afinal, o que a Veja estava aprontando dessa vez.
Me espantei com o conteúdo da matéria. Não tenho o costume de ler Veja, mas sei do teor "maléfico" que impregna suas páginas. Não sabia, contudo, que uma publicação poderia descer tão baixo. Em nome do desejo de uma pretensa imparcialidade no ensino brasileiro, que, à leitura da matéria, surge mais como uma propaganda ideológica antidemocrática e alienante, as responsáveis pelo que lá está escrito criticam o ensino que é ofertado em escolas brasileiras porque figuras de "arcanos que nada contribuíram para o crescimento da civilização ocidental", dentre estes, Paulo Freire (!), são mais lembradas que Albert Einstein. Invocando a neutralidade, pregam uma educação automatizante, que forma sabedores de tabuada, de todas as reações orgânicas e de todas as formações geográficas existentes, mas que cria seres incapazes de pensar criticamente a realidade em que se inserem, totalmente desconectados desta.
Algo do tipo: "Cuidado com o que ensinam aos seus filhos, pais, ou o lobo mau da esquerda vai te pegar; sua criança pode virar um subversivo!"
Eu nem escrevo mais, senão morro de raiva. Deixo o link com a matéria no site de Veja, o link da carta de repúdio da viúva de Paulo Freire e uma crítica de uma professora a respeito. Tirem suas próprias conclusões.
Abraços
domingo, 21 de setembro de 2008
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Não Veja, Não Olhe, Nem Toque! |
quarta-feira, 9 de julho de 2008
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Só Para Viciados |
segunda-feira, 2 de junho de 2008
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O Estranho Caso da Placa-mãe. |
Normal, ué. Você está no computador, conversando com os amiguinhos, baixando umas musiquinhas, postando em algum lugar... Aí o computador apaga e começa a resetar sozinho. Normalíssimo. Mais comum, impossível.
E haja ligar pra amigo entendido de informática, entrar em desespero...até que alguém tem a idéia brilhante de levar pro conserto. O homenzinho fica de olhar o defeito, uma semana se vai... Quando a gente vai lá, ele olha pra nossa cara e diz: " A sua placa-mãe queimou." Assim, com essa placidez toda. Aos meus ouvidos leigos, é o mesmo que dizer que pode jogar a máquina no lixo, afinal, venhamos e convenhamos, o vocábulo 'mãe' tem certa força.
Mas, ó que coisa, tem jeito. É só comprar a peça e colocar tudo direitinho no lugar, que fica tinindo novamente. e passam-se mais umas duas boas semaninhas. Sabe como é, tem uns computadores na frente, né... Um belo jejum forçado.
No fim, saldo positivo: o bichinho está aqui, funcionando, não perdi nada e ainda ganhou uma memória nova de presente. E a gente aprende que existe um mundo não virtual lá fora, com amigos e livros bem interessantes..
segunda-feira, 5 de maio de 2008
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Vida de Comadre ou Orkuteando |
Há uns poucos anos atrás, eu não sabia nem o que era esse tal de Orkut. Quando as pessoas vinham perguntar se eu tinha um perfil no dito site de relacionamentos, parecia que estavam falando sobre alienígenas. Ou que eu era a alienígena. De repente, parecia que tinham me tirado o título de cidadã do mundo, só porque eu não “tinha Orkut”.
Eu até consegui resistir à pressão por um tempo, mas, sabe como é, tempo vai, tempo vem, você finalmente passa no vestibular ou coisa que o valha, não tem mais desculpas, aí... Pimba! Clica lá no convite que aquele amigo legal (leia-se aliciador maldito) te enviou.
A gente tem a sensação da descoberta de um mundo novo: o da vida alheia. O início é tímido, olhando como anda a vida dos amigos mais chegados, até que você olha o profile do primeiro estranho. A partir daí se desenvolve uma sanha absurda pela vida do próximo (ou não tão próximo assim, afinal a vítima pode ser um habitante da Moldávia). Última viagem, onde trabalha, onde estudou, quem são seus irmãos, quais tipos de música gosta, onde mora. Sim, porque até isso a gente consegue descobrir.
Quando a gente se dá conta, até tenta parar, se tornar uma usuária mais comedida, mas qual! O tal site está sempre inventando uma armadilha nova, e a gente sempre cai. A pior foi a tal das “últimas atualizações”. Você vai lá dar uma olhadinha inocente nos seus scraps, e lá está todo o registro da movimentação de seus friends. Aí você vê que, oh, céus, o fulano mudou o status do relacionamento! Não custa nada conferir a novidade, né? Quem foi que terminou, quem é a nova namorada ou namorado... E assim, de atualização em atualização, gastamos horas na frente da telinha do computador sabendo das últimas fofocas. É, o termo é forte, mas necessário.
De acordo com minha amiga Míriam, eu sou uma fuçadora incorrigível da vida alheia que usa o Orkut como ferramenta de trabalho. Eu discordo. O que ocorre é o inverso: a culpa é toda do Orkut, que seduziu a inocente moçoila aqui a levar uma autêntica vida de comadre, pra irmã cajazeira nenhuma botar defeito.
sexta-feira, 2 de maio de 2008
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Tolerância |
quinta-feira, 1 de maio de 2008
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Xô, Pornografia! |
A Internet virou uma porcaria, mesmo. Em qualquer site, inclusive no orkut (onde um monte de crianças tem perfil, diga-se de passagem), é muito facil encontrar conteúdo pornográfico, ter acesso a ele. Tem pra todos os gostos, inclusive pedófilos.
É terra sem dono, e é difícil para o Direito fiscalizar o cyberspace, que tem milhares de sites que podem ser fechados e recriados com outro endereço e o mesmo conteúdo. É meio que um jogo de gato e rato, onde o rato tem vantagem.
Tivemos alguns avanços nesse aspecto. Eu vi no site SaferNet que o Google entregou os dados dos perfis suspeitos com o "cadeado" à CPI da Pedofilia para investigação, coisa nunca antes feita, comprometendo-se inclusive a implementar um conjunto de medidas que possam coibir a prática de crimes de pedofilia na Internet.
Esses comportamentos revelam que a nossa sociedade tem uma espécie de obsessão pela pornografia que é algo fora do normal, e não é apenas na web. Encontramos apelação em todo canto. Na rua, tá cheio de outdoors de marcas de roupa cuja campanha tem uma conotação sexual. Pessoalmente, eu não preciso pensar em sexo pra comprar uma roupa. Na TV, então, não precisa nem falar. Novela, seriado, programas de auditório...tudo tem que ter pelo menos um pouco de conteúdo apelativo. A última moda agora é a tal da "mulher melancia", a moça com o popozão mais idolatrado do nosso Brasil varonil. É questão de cultura mesmo, porque tem quem assista.
E não me venham com a conversa de que pornografia é uma coisa normal, e que isso que eu tô falando é papo de cristão conservador. Um estudo realizado pelo Comitê de Ciência e Tecnologia do Senado norte-americano mostrou que a pornografia na Internet pode ser mais viciante do que o crack ou a cocaína. Imagens de pornografia, misoginia ou pedofilia podem provocar efeitos negativos em muitos internautas, e eles levam mais tempo para se recuperar do que os usuários de crack ou cocaína. Esses últimos ainda têm a vantagem de que podem eliminar a droga de seus organismos, coisa que os viciados em pornografia digital não podem fazer, porque mesmo depois do tratamento as imagens continuam nas suas mentes. A co-diretora do Programa de Psicopatologia e Traumas Sexuais da Universidade de Pensilvânia, Mary Anne Layden, considera a pornografia na Net o maior perigo para a saúde psicológica das pessoas. Para ela, a Web tem o melhor sistema de entrega de drogas. O usuário é anônimo e facilmente estimulado a adquirir novos padrões de comportamento, e a droga é entregue 24 horas por dia, 7 dias por semana, em sua própria casa.
Nós podemos nos mobilizar pra mudar esse quadro, denunciando os perfis, sites e comunidades que cometam esse tipo de crime e não fazendo público pra baixaria na TV e em outros espaços.
Pra ajudar você a se informar, aqui você encontra o site da ONG SaferNet, onde tem as últimas notícias sobre o combate aos crimes virtuais e um espaço para denúncia, e aqui tem o site da Sexxchurch, que discute de forma aberta e responsável o problema da pornografia.

Andressa Soares, a mulher melancia.
Será que alguém, alguma vez, se questionou sobre
quais serão seus sonhos, como é sua família ou o que
ela pensa a respeito da fome no Brasil?
domingo, 27 de abril de 2008
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Esvazie seus bolsos |
Outra idéia maluquete da web. ;D
Um site pediu aos seus leitores que escaneassem o que estivesse nos bolsos de suas mochilas, calças ou qualquer outra coisa afim (junto com seu rostinho, detalhe), pra publicar. É engraçado como você descobre sobre a personalidade de uma pessoa pelo que ela carrega nos bolsos!
Tem um monte de brasileiros na lista. Aí vai o link:
http://www.faceyourpockets.com/index1.html
A Internet não tem mais o que inventar.
ps: diz aí nos comentários o que você carrega no bolso!
sábado, 19 de abril de 2008
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O elefante na sala de estar |
Eu a-d-o-r-o pesquisar sobre ateístas, teístas e seus argumentos, toda essa história de evolução e criação, até mesmo pra poder sustentar meu posicionamento, que dá pra perceber de maneira óbvia por alguns dos meus links aqui no blog.
Eu realmente consigo achar coisas muito interessantes nessas buscas, mas esta superou todas, e eu queria dividi-la com vocês. Eu a encontrei num trecho traduzido de um livro em inglês chamado "No Princípio: Evidências da Criação e do Dilúvio", do Dr. Walt Brown. Não há tradução do livro inteiro, até porque não há interesse, ao contrário daquele livro do Dawkins, que se espalhou como um incêndio. O Dr. Brown, por sua vez, o transcreveu de um livro de autoria do escritor George V. Caylor. Eis o que o trecho diz:
O elefante na sala de estar
O escritor George V. Caylor entrevistou Sam, um biólogo molecular. George perguntou a Sam sobre seu trabalho. Sam disse que ele e seu time eram "detetives" científicos, trabalhando com DNA e seguindo a pista da causa das doenças. Esta é a publicação de sua conversa.
G: "Parece ser um trabalho complicado."
S: "Você nem pode imaginar como é complicado!"
G: "Me teste."
S: "Eu sou um pouco parecido com um editor, tentando encontrar um erro de soletração dentro de um documento maior que quatro conjuntos completos da Enciclopédia Britânica. Setenta volumes, milhares e milhares de páginas de palavras impressas em tamanho pequeno."
G: "Com o poder de computação, você pode apenas usar a 'checagem de soletração'! (spell check)"
S: "Não existe 'checagem de soletração' pois nós não sabemos ainda como as letras tem que ser supostamente grafadas. Nós nem sabemos com certeza qual a língua usada. E não é apenas o 'erro de soletração' que nós estamos procurando. Se qualquer pontuação estiver fora do lugar, ou um espaço fora do lugar, ou um erro gramatical, nós teremos uma mutação que causará uma doença."
G: "Então como você faz isso?"
S: "Vamos aprendendo a medida que prosseguimos. Nós já lemos mais de dois artigos de tal enciclopédia e localizamos alguns "caracteres tipográficos". Deveria se tornar mais fácil com o tempo."
G: "Como aconteceu de toda aquela informação chegar ali?"
S: "Você sabe, apenas aconteceu? Evoluiu?"
G: "Bingo. Você acredita que aquela informação evoluiu?"
S: "George, ninguém que eu saiba em minha profissão realmente acredita que evoluiu. Ela foi projetada pelo "gênio além do gênio", e tal informação não poderia ter sido escrita de outra forma. O papel e a tinta não escrevem o livro. Sabendo o que sabemos, é ridículo pensar de outra forma. Seria um pouco parecido com Neil Armstrong acreditando que a Lua é feita de queijo. Ele esteve lá!"
G: "Você alguma vez já declarou isso em alguma preleção pública, ou em algum documento público?"
S: "Não. Tudo apenas evoluiu."
G: "O que? Você acabou de me contar -?"
S: "Apenas pare logo ali. Para ser um biólogo molecular é necessário agarrar-se a duas insanidades ao mesmo tempo. Um, seria insano acreditar na evolução quando você pode ver a verdade por si mesmo. Dois, seria insano você dizer que não acredita na evolução. Todo o trabalho do governo, doações de pesquisa, documentos, grandes preleções universitárias - tudo pararia. Eu estaria desempregado, ou relegado à marginalidade onde eu não poderia ganhar a vida decentemente."
G: "Eu detesto dizer isso, Sam, mas isso soa intelectuamente desonesto."
S: "O trabalho que eu faço em pesquisa genética é digno de honra. Nós encontraremos a cura para muitas das piores doenças da raça humana. Mas, no meio do caminho, nós temos que conviver com o 'elefante branco na sala de estar'."
G: "Que elefante?"
S: "Projeto. É como um elefante na sala de estar. Ele se move ao redor, toma uma enorme quantidade de espaço, faz um barulho enorme, choca-se conosco, derruba as coisas, come uma tonelada de feno e cheira como um elefante. E ainda temos que jurar que ele não está ali".
George V. Caylor, “The Biologist,” The Ledger, Vol. 2, Issue 48, No. 92, 1 December 2000, p. 2. (www.ontherightside.com) Printed with permission.
E aí? O que vocês acham disso?
Abraços.
quarta-feira, 16 de abril de 2008
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A Revolta do Mosquito |
Tava dando um passeio pela net quando achei uma charge interessante sobre um tema que está sendo exaustivamente comentado, que eu mesma citei no post passado.
Não resisti.
É, não é só o Rio de Janeiro, não. O mosquitinho também tá tocando o terror aqui em Fortal.
E eu sei que já é discurso batido, mas não custa nada reforçar: não vacila, galera. A gente tem que fazer nossa parte não deixando água parada dando sopa por aí.
segunda-feira, 14 de abril de 2008
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Fortaleza de tantas emoções |
Fortaleza completou 282 anos ontem, dia 13. Realmente, digno de comemoração, mas eu não sei, não. Acho que a Prefeitura se esqueceu de algumas coisinhas.
O Roberto Carlos foi convidado a se apresentar para um público aberto nas festividades. Quer dizer, convidado... mais ou menos. O cachê é desconhecido.
Não é nada contra o Roberto, não. Pra quem gosta, ótimo. Mas a Prefeitura de Fortaleza se esqueceu de colocar telão nos abrigos em que estão as pessoas que perderam as casas nessas últimas enchentes. Isso sem falar na galera que tá sem atendimento nos hospitais públicos, com a tal da dengue. É tão difícil esperar ser atendido, vocês não acham que um showzinho ia ajudar a passar o tempo?
É patente a total inversão de prioridades. Se bem que a gente, brasileiro que é, já deveria ter se acostumado com isso.
São até louváveis algumas iniciativas da Prefeitura. A tarifa social nos ônibus, por exemplo, foi uma boa sacada. Mas não me venha querer fazer uma releitura da política do pão e do circo. Ah, isso não.
No mais, parabéns à nossa querida cidade, que a gente continua amando e comemorando de qualquer jeito. Com ou sem Roberto Carlos.
terça-feira, 8 de abril de 2008
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Click! |
Idéia inusitada.
Um cara do site "The Plug" amarrou uma câmera descartável a um banco no meio da rua, junto a um bilhete que dizia mais ou menos isso:
"Boa tarde,
Eu amarrei esta câmera ao banco para que você tire fotos. É sério. Então, divirta-se. Eu voltarei à noite para pegá-las.
Jay, The Plug."
Abaixo tem o link com o resultado. Ficou singelo, mas legal.
http://theplug.net/28/strangerphotos.htm
Eu ainda faço isso um dia. =D
segunda-feira, 7 de abril de 2008
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Muito bem, senhor Juiz. |
Recurso Especial 933355 STJ
Mulher divorciada há 20 anos quer aumentar a pensão que recebe do marido de R$ 6.000,00 para quase o dobro.
Fundamentos apresentados para o pedido: a dita senhora não consegue trocar de carro quando bate o seu, tem de recusar convites a restaurantes e teatros e só viajou uma vez para o exterior (Paris) nos últimos dois anos.
Patrimônio da recorrida: dois imóveis locados que rendem, juntos, R$ 1.800,00, aplicações financeiras de R$ 10.000,00, clínica própria de psicologia. Consta ainda que a recorrida possui dois cursos superiores e é professora universitária.
A sentença exonerou o ex-marido de pagar qualquer pensão à recorrida.
A questão aqui é que parece que as pessoas estão perdendo a noção de realidade. Falando juridicamente só mais um pouquinho, o que justificaria o pagamento de pensão ao êx-conjuge seria a necessidade deste. Julgar que razões como essas mostram necessidade é absurdo moralmente, juridicamente e todos os "entes". Talvez essa senhora devesse ser apresentada a uma moradora do Jangurussú, bairro extremamente pobre da nossa cidade, que se sustenta sem quase ter condições de alimentar a própria família, muitas vezes sem saber nem mesmo ler e escrever.
E eu me lembro do que uma amiga minha disse uma vez, e trago pra cá: a dita senhora não é pior do que ninguém. E não é mesmo.
Está faltando senso de justiça e misericórdia ao coração dos homens.
quarta-feira, 2 de abril de 2008
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Outro blog. De novo. |
A raça humana é engraçada. Adora seguir modismos.
Eu já tentei fazer trocentos blogs. Todos "naufragaram". Mas, como boa brasileira que não desiste nunca, lá vou eu tentar de novo. Então, coisas relevantes pra mim, de guerra ao preço da banana, vão parar aqui.
Esperemos que esse tenha vida mais longa.
Aloha.