segunda-feira, 5 de maio de 2008

Vida de Comadre ou Orkuteando

Há uns poucos anos atrás, eu não sabia nem o que era esse tal de Orkut. Quando as pessoas vinham perguntar se eu tinha um perfil no dito site de relacionamentos, parecia que estavam falando sobre alienígenas. Ou que eu era a alienígena. De repente, parecia que tinham me tirado o título de cidadã do mundo, só porque eu não “tinha Orkut”.

Eu até consegui resistir à pressão por um tempo, mas, sabe como é, tempo vai, tempo vem, você finalmente passa no vestibular ou coisa que o valha, não tem mais desculpas, aí... Pimba! Clica lá no convite que aquele amigo legal (leia-se aliciador maldito) te enviou.

A gente tem a sensação da descoberta de um mundo novo: o da vida alheia. O início é tímido, olhando como anda a vida dos amigos mais chegados, até que você olha o profile do primeiro estranho. A partir daí se desenvolve uma sanha absurda pela vida do próximo (ou não tão próximo assim, afinal a vítima pode ser um habitante da Moldávia). Última viagem, onde trabalha, onde estudou, quem são seus irmãos, quais tipos de música gosta, onde mora. Sim, porque até isso a gente consegue descobrir.

Quando a gente se dá conta, até tenta parar, se tornar uma usuária mais comedida, mas qual! O tal site está sempre inventando uma armadilha nova, e a gente sempre cai. A pior foi a tal das “últimas atualizações”. Você vai lá dar uma olhadinha inocente nos seus scraps, e lá está todo o registro da movimentação de seus friends. Aí você vê que, oh, céus, o fulano mudou o status do relacionamento! Não custa nada conferir a novidade, né? Quem foi que terminou, quem é a nova namorada ou namorado... E assim, de atualização em atualização, gastamos horas na frente da telinha do computador sabendo das últimas fofocas. É, o termo é forte, mas necessário.

De acordo com minha amiga Míriam, eu sou uma fuçadora incorrigível da vida alheia que usa o Orkut como ferramenta de trabalho. Eu discordo. O que ocorre é o inverso: a culpa é toda do Orkut, que seduziu a inocente moçoila aqui a levar uma autêntica vida de comadre, pra irmã cajazeira nenhuma botar defeito.






E a culpa é toda do Sr. Orkut, esse moço simpático aí.

10 manifestações:

o orkut eh tenso mesmo eu so tenho ele para trabalho pq o facebook eh melhor para voce se relacionar com amigos mais particular e com mais interatividade

heaiuhaeuihaeuihaeui

gostei!

so tenho esse negocio por causa de amigos distantes que não falo a tempos que nao usam msn ahuaha

orkut é uma praga, devemos combate-lá a ferro e fogo, irmãos e irmãs de todo o mundo, denuncie quem se utiliza deste meio para ficar "fuxicando" a vida dos outros

não clique aqui, não venha fuxicar minha vida
rsrsrss

http://cienanosdesolead.blogspot.com

Hahaha, é verdade... Todo mundo foi virando fofoqueiro por osmose. Quando viu, já era!

Belo texto =]



Olhando Pra Grama - Crônicas de um ansioso

É verdade, a gente sem querer "querendo", acaba caindo em todas as novidades do orkut, já vi muita gente que dizia não ser fofoqueiro, e não se importar em bisbilhotar, ficar p.... da vida, pq as fotinhos agora são cadeadas... e os scraps também... é o preço!

ei, a leticia tocou num ponto interessante. o negócio do cadeado foi um acontecimento!

rsrs

eh o bonito esse cara
hehehe

Este comentário foi removido pelo autor.

Orkut Buyukkokten

Esse cara é bonito e inteligente.
Queria ser ele. Muito.

Parece que sou a única que vou olhar pro lado bom do Sr Orkut.

Camilla, o que vc chama de sanha absurda pela vida do próximo, eu chamo de grande chance de encontrar uma pessoa que, do outro lado do mundo, tem as mesmas aspirações que você.
Que gosta das mesmas coisas e tem muito a te contar.
Tenho muitos amigos virtuais que me dizem mais , muito mais que os amigos próximos.
Recebo presentes de longe! Isso é muito lindo!

Sei que isto aqui foi uma brincadeira, mas achei importante ressaltar este ponto, tão favorável, ao senhor exposto.

Tanto lá como cá, nos blogues, onde o mundo virtual também é muito movimentado, sabe-se da vida alheia, faz-se amigos e inimigos...

é a globalização.

beijos